Casa da Cultura de Luziânia

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Semana da Consciência Negra. Vieira do cavaquinho e João Lucio, acompanhado por integrantes do Bloco do Melêta (Lauriano (carioca), benone e Diogo.

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A FORÇA QUE VEM DA PRESERVAÇÃO

Sem querer colocar a mão na ferida, mas é preciso trazer a tona, a temática da preservação do patrimônio histórico e artístico de Luziania, em especial, o Painel do D.J. de Oliveira, na Praça das Três Bicas, o Pedestal do Cristo Redentor, na Feira do Produtor, e os Casarões coloniais da cidade. Monumentos ligados a nossa história, nossa paisagem e a nossa cultura, entregues as ações dilapidadoras do tempo, do abandono e do esquecimento, sob o total desinteresse político pelo setor, em quase todas as administrações públicas dos últimos 15 anos. Situação que pode ser constatada visivelmente, ao transitarmos a rua do rosário, onde ainda encontramos os imponentes casarões em situação de abandono e ruínas e muitos deles destruídos completamente, como o casarão nº 118.
A responsabilidade sobre o destino dos monumentos históricos, e documentos da civilização que floresceu aqui na região do planalto central, desde o descobrimento das minas de Santa Luzia no séc. XVII, ainda é um mistério que se perde no labirinto das esferas, federais (IPHAN), estaduais e municipais. Ação civil pública, diagnósticos da situação dos monumentos, e por fim uma Ação Civil Pública nº 2007037233361 põe em cheque o estado (AGENCIA GOIANA DE CULTURA PEDRO LUDOVICO TEIXEIRA – AGEPEL) e o município de Luziânia, na tentativa de salvar o que resta do patrimônio histórico arquitetônico colonial de Luziania.
A situação transmuta na forma de verdadeiro ato de valorização da história, da defesa das tradições e acima de tudo da paisagem colonial, quando proprietários, ou seus herdeiros, ao invés de destruir os documentos históricos da cidade, promovem com recursos próprios a restauração dos mesmos, devolvendo-o à paisagem com toda exuberância de outrora. A riqueza do seu estilo e valorização dos ornamentos propõe aos olhos do visitante e do transeunte, um verdadeiro espetáculo visual, onde a rua ganha vida e cor, e a cidade rejuvenesce com a valorização da sua história.
Assim quem subir a rua do rosário e olhar do enquadramento onde a imponente Igreja do Rosário abrange no seu lado esquerdo uma seqüência de casarões verá o majestoso casarão branco de portais azul integrado a arquitetura local, totalmente restaurado.
O casarão pertence a família do Santaluziano Benedito Roriz de Paiva, e foi restaurado pela sua filha e herdeira Maria Isidória de Paiva (Dorinha Paiva), que mantêm uma verdadeira admiração e amor a memória de seu pai e a história de Luziania e pretende que seu exemplo propague em gestos, atitudes e propósitos, qual seja o de “ver a rua do rosário toda revitalizada, com os casarões restaurados e preservados.”

Luziania 23 de Julho de 2008

José Álfio da Silva
Diretor de Cultura

segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

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